O Brasil de hoje narrado pela literatura e pela música

Este ano temos uma atividade especial para todos os falantes de português em Leipzig: oficinas sobre literatura, música, política e cultura brasileira! Totalizando 5 encontros até o fim do ano, convidamos vocês para participarem conosco. As oficinas são gratuitas! 

Cada encontro terá duração de uma hora aproximadamente, com uma breve apresentação e depois uma roda de debate.

Os temas dos encontros serão:

  • 24/05: “O que é a identidade brasileira”;
  • 14/06: “Como se vive e como se morre no Brasil”;
  • 18/10: “Agronegócio e Necropolítica no Brasil”;
  • 01/11: “O que mudou desde a redemocratização?”
  • 22/11: “O que a literatura nos ensina sobre nosso país?”
O evento é gratuito.
 
Inscrição pelo link:
 
Esperamos por vocês!
 

Dia: 24/05, 14/06, 18/10, 01/11 e 22/11
Horário: 18:30-20:00
Local: Institut für Romanistik, Beethovenstraße 15, 04081 Leipzig

Agronegócio e Necropolítica no Brasil

No dia 18.10 nos encontramos no GWZ para discutir o tema “Agronegócio e Necropolítica no Brasil”. Nós aprendemos que o conceito “Necropolítica” foi cunhado pelo filósofo camaronês Achille Mbembe, para descrever as políticas de Estados democraticamente constituídos, que utilizam-se de seus mecanismos legais para promover uma “política da morte”, seja através de um sistema de educação, saúde, previdenciário, ou segurança defasados. Porém, levantamos a hipótese de que essa “política da morte”, no Brasil, também está relacionado aos incentivos que o nosso país dá para o Agronegócio, conhecido pela sua capacidade de predação ambiental e humana – afinal, destruir o meio-ambiente é destruir o futuro, é promover a morte daqueles que ainda não nasceram. Por fim, vamos que esse tema já era descrito na literatura brasileira, como por exemplo na obra “Terras do sem-fim” de Jorge Amado.

O que mudou desde a redemocratização?

No dia 01.11 discutimos o que de fato mudou no Brasil depois da redemocratização, em 1985 e da aprovação da constituição de 1988. Foi apresentado aos participantes alguns indicadores sociais e econômicos desde essa época para que eles pudessem pensar esse momento de transição democrática. Eles também escutaram um rap, que expõe o grande problema da favelização que ano após ano só cresce no país e parece estar longe de ser resolvido, mesmo depois de décadas de governos sociais democratas. Responder “o que mudou desde a redemocratização” trouxe boas reflexões sobre o destino que estamos construindo do país, infelizmente não tão distante de 40 anos atrás.